8 de ago. de 2010

Pesquisa: um novo tratamento para linfangiomas



Um grupo de médicos cientistas, estão desenvolvendo um estudo com um conhecido antibiótico para o tratamento de linfangiomas e síndromes hemangiomatosas que envolvam surgimento de linfomas.

O Rapamycin, também conhecido como Sirolimus, é um conhecido agente com atividade antiproliferativa, usado para tratamentos de doenças cardionárias, tendo sido mostrado para retardar a progressão de células tumorais. O objetivo deste estudo é determinar se Rapamycin é seguro e eficaz em adultos e crianças com quadro de anomalias vasculares complexos..

Para este estudo, a equipe a Dra. Denise Adams tem solicitado pacientes de 0 a 31 anos, com anomalias vasculares com potencial para causar morbidade significativa ou que tenham síndromes hemangiomatosas, malformacão capilar linfatica, síndromes de supercrescimento com anomalia vascular, entre outras.

Mais informações poderão ser vistas no site do projeto em http://migre.me/13haw.

2 de ago. de 2010

Saúde, doenças raras e eleição

Fonte da imagem: Rabiscos Londrinense.

A precariedade no atendimento à população nos hospitais e nos pronto-socorros  públicos nunca foram novidades aqui no Brasil. Muitos casos chamaram atenção no Rio de Janeiro, mas com certeza isto não é um “privilégio” apenas daquela cidade. Em São Paulo, Minas Gerais e, principalmente, nos estados do Norte e Nordeste, são comuns a falta de infraestrutura, o número insuficiente de médicos, devido aos baixos salários oferecidos e, principalmente, a falta de ação dos políticos, que  provocam  o sofrimento da população carente que depende  do sistema público de saúde.

Desde a criação do SUS, na Constituição Federal de 1988, mais de 20 anos se passaram e poucas coisas mudaram, assim como foram poucas as políticas públicas promovidas pelos governos para a mudança desse quadro. Quando um determinado governo inicia uma proposta e traça diretrizes, vem outro governo que muda tudo e começa novamente, alegando que o plano do governo anterior era muito caro e ineficiente.

Até aqui foram citados apenas os problemas de atendimento básico. Quando se fala em atenção às doenças raras,  a situação é muito pior. Nenhum estado brasileiro possui qualquer plano efetivo ou qualquer política pública para promoção, desenvolvimento e difusão  de conhecimento e métodos de atenção a esses pacientes. Os tratamentos disponíveis são compartilhados em poucos centros de saúde, como o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. A divulgação tem sido feita por associações de pacientes sem incentivo financeiro e  com patrocínio de poucos laboratórios - ação que é vista com maus olhos pelas autoridades públicas.  

Muitas vezes os membros destas associações utilizam recursos próprios  para participar de congressos e conferências de saúde sobre o  tema. Existem mais de 8 mil tipos de doenças raras e destas, cerca de 80% são genéticas. A Portaria n. 81/2009 do Ministério da Saúde estabelece a  Política Nacional de Atenção Integral em Genética Clínica , cujo objetivo é o incentivo e o acesso da população aos tratamentos. No entanto, desde a data de sua publicação em janeiro de 2009, aguarda-se  a sua  regulamentação  junto à Secretaria de Atenção da Saúde, órgão ligado ao Ministério da Saúde.

Mais uma eleição aproxima-se e os eleitores decidirão os governantes para os próximos quatro anos. No entanto, nas propostas de programa de governo apresentadas por eles, pouquíssimo  se fala sobre saúde e a importância desta na melhoria da qualidade de vida da população. No site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estão  disponíveis  as propostas de plano de governo dos candidatos à presidência <http://migre.me/11nYZ>.

É muito importante que todos analisem as propostas de seus candidatos, principalmente no que diz respeito à área da saúde, que é o que nos interessa sempre e, lá na frente cobrar a ação efetiva dos políticos. Deve-se também aproveitar esta época para fazer propostas aos candidados para a elaboração de políticas públicas para doenças raras, o que nos seria uma boa pedida. Candidatos como Serra, Dilma e Marina Silva possuem ferramentas virtuais  para aderir às suas campanhas e também para interação com seus eleitores.

Façamos valer nossos direitos!