29 de jan. de 2011

A “crise de alimentos” realmente existe?


No dia 24 de janeiro, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que também ocupa a presidência do G20  em  2011, apresentou uma proposta para a criação de um estoque mundial de alimentos devido ao aumento das commodities agrícolas nos últimos tempos (http://migre.me/3LVfg).

Além disso, o Foresight Report on Food and Farming Futures, agência britânica de estudos para agricultura e alimentos, publicou recentemente um relatório em que recomenda um aumento de 40% na produção de alimentos nas próximas duas décadas, a fim de se evitar o aumento da fome global (http://migre.me/3LVzT). O tema também foi endossado pelo presidente geral da FAO, Jacques Diouf, ao declarar que a crise alimentar para a qual o mundo está caminhando poderá gerar grande instabilidade política no futuro (http://migre.me/3LVzk).

Lembro muito bem que este assunto esteve em destaque em  2006 e 2007, quando se falava muito em crise de alimentos e também nos temas sustentabilidade e planeta verde; mas com a crise financeira desencadeada em 2008, esses temas tornaram-se secundários e, no momento em que a poeira parece estar baixando, voltam à tona.

O que aprendi nesses dois anos de trabalho no IEA, com pesquisadores como Luiz Henrique Peres, Celso Luis Vegro, José Sidnei Gonçalves e muitos outros é que, antes de tornar um assunto como certo, é preciso estudá-lo a fundo e saber o que realmente o fez chegar àquela situação, como por exemplo, o aumento de preços de comodities agrícolas internacionais ou mesmo, de uma cultura em específico. Em uma entrevista para o programa Mercado Futuro, do jornalista Antonio Reche, apresentada em outubro de 2007, José Sidnei Gonçalves tratou justamente desse tema, quando muitos economistas criaram um termo chamado “agrinflação”, para justificar o grande aumento nos preços dos produtos agrícolas. 


A ideia deste texto é justamente de chamar as pessoas (técnicos, economistas, pesquisadores, cidadãos) para o debate, mesmo sabendo que não  será para discutir apenas economia, mas também sustentabilidade, tecnologia, desastres naturais, dentre outros assuntos.

Esta semana propus à equipe de comunicação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo  usar a estrutura da comunicação e trazer algumas personalidades para falar sobre o assunto e levar também para discussão na Rede CIGA.


Rede CIGA
A Rede CIGA (Célula de Inovação e Gestão do Agronegócio) é um projeto originado na CODASP, e que tem por objetivo de implantar uma Célula de Inovação na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo para disseminar a utilização de conceitos e ferramentas da web 2.0 e fomentar a discussão e práticas de inovação na Gestão do Agronegócio no Brasil.

Conheça mais sobre a Rede CIGA em http://www.redeciga.ning.com.


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