22 de jul. de 2011

Preços agrícolas caem 4,72% na segunda quadrissemana de julho

Programa Economia Agrícola

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, caiu 4,72% na segunda quadrissemana de julho, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. A queda foi puxada pelo índice de preços dos produtos de origem vegetal que recuou 7,33%, enquanto o índice de preços dos produtos de origem animal subiu 2,30%.

Mesmo sem contabilizar a cana-de-açúcar, os índices geral e de produtos vegetais permaneceram negativos em, respectivamente, 2,11% e 6,83%. Já as elevações nos preços dos produtos animais devem-se aos recordes dos preços internacionais de carne de frango, com reflexos internos, e à entressafra que aumentou os preços dos lácteos, dizem os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Angelo e José Sidnei Gonçalves.

Dos produtos pesquisados, 12 apresentaram queda nos preços (10 de origem vegetal e dois de origem animal), enquanto oito produtos apresentaram alta (quatro da área vegetal e quatro do setor animal). As quedas mais relevantes ocorreram nos preços do tomate para mesa (31,94%); da laranja para mesa (21,52%); da laranja para indústria (9,23%); do algodão (8,33%); da cana-de-açúcar (7,60%) e do café (5,89%).

A normalização da produção do tomate de mesa, após problemas climáticos entre maio e junho, contribuiu para a reversão da tendência dos preços, observam os analistas do IEA. Já a redução expressiva nos preços da laranja de mesa revela uma realidade distinta do ano passado. “Uma safra dentro da normalidade, numa conjuntura de recuo dos preços internacionais, levou à tendência de redução dos preços internos.”

No caso do algodão, a queda nos preços deve-se ao recuo das cotações internacionais, com a normalização da oferta pelas principais nações e o aumento das importações chinesas de têxteis acabados. Por sua vez, o preço da cana-de-açúcar recuou no início da safra, na contramão do alto preço do álcool combustível, “o que conduz às expectativas de elevação do valor da matéria-prima no decorrer da safra”.

Já a queda nos preços do café reflete o recuo das cotações internacionais nas últimas semanas, cujos movimentos foram exacerbados na economia nacional pelo câmbio sobrevalorizado, observam os pesquisadores do IEA.

As altas mais expressivas foram verificadas nos preços da carne de frango (6,56%); do leite C (5,96%); dos ovos (5,61%); do leite B (5,30%) e do milho (3,27%).

Veja a íntegra da análise aqui.

Fonte: Assessoria de Comunicação da APTA (www.apta.sp.gov.br).

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